Olá leitores, a paz pra todos vocês. Eu sou o Max, e algum tempo já não posto aqui no Vitrine por mil e um motivos, mas, o que importa é que voltamos, e já com algumas ideias e opiniões pra compartilhar com vocês. Hoje faremos uma breve análise no trabalho da cantora, e também agora prefeita, Célia Sakamoto, que lançou recentemente seu mais novo álbum "Vai ficar tudo bem". O disco, de forma, é um trabalho interessante, que merece nossa atenção, não só pela mensagem que o próprio traz, mas também o trabalho musical dele. Bem, vamos começar então ?
A 1ª faixa, "Sacrifício de Louvor" (Célia Sakamoto), é uma composição lindíssima, que traz sempre ideias musicais, que conferem à musica uma maior aceitação do público. A combinação de back vocal no início, com harmonia rotativa, e um bom arranjo de violinos e metais, é sempre sucesso. Ainda tem os detalhes durante a música, da guitarra, com as entradas de preparação dos metais, e variação do tema com os violinos, dão à música essa riqueza de arranjos, que Melk Carvalhedo faz com maestria. A composição é da própria Célia Sakamoto. É uma música que pode ganhar repercussão, principalmente para grupo de jovens, por ter uma letra de adoração e ao mesmo tempo, impactante.
A 2ª faixa, "Vai ficar tudo bem" (Anderson Freire), é a faixa-tema do álbum, e traz na mensagem, sobre o triunfo do cristão em meio às lutas, e garantia de vitória pelo Senhor Jesus, e este tema girar em torno de praticamente todas as faixas do disco. A música começa com uma ideia musical da faixa na melodia, e a harmonia e estrutura da música já é bem esperada dos arranjos de Melk. Temos o destaque da faixa na letra de ..., que traz um conforto para aqueles que esperam numa providência divina. Um belo hino, e pessoalmente, acho que um dos destaques do álbum.
A 3ª faixa, "Erga os muros" (Leandro Borges), é uma canção profética a favor da família, alvo do inimigo nos últimos tempos. A canção é em tom menor, e os violinos são responsáveis para trazer a mensagem forte, juntamente com a bateria. A harmonia é bem simples, e o back vocal dá um complemento à voz principal, enfatizando a mensagem. É uma canção simples, porém não menos bonita. Talvez seja uma canção fundamental pra refletirmos diante do século que vivemos.
"Chegou sua vez" (Adriano Barreto e Denner de Souza), é a 4ª faixa, é uma das canções que mais gosto do álbum. É daquelas que mantém o ritmo em 4/4, mas que tem uma ideia em compasso binário, ou seja, não é lenta demais, nem tão rápida, perfeita para grupos de irmãs. A letra no refrão tem uma prosódia não tão moldada, mas consegue fechar a ideia muito bem. É uma canção que traz a sensação de que é relativamente curta, pois repete seus temas, sem muitas variações. Sua mensagem diz: "Eu vejo a grande tempestade tomando outra direção: é Deus quem está chegando com tua benção, irmão". E é basicamente, a ideia da faixa.
A 5ª faixa é "Guerreiras de Jeová" (Vanilda Bordieri), é mais uma das canções pensadas num público que havia sido meio esquecido nos últimos tempos, e que tem voltado a fazer parte dos discos de novo. São os grupos de irmãs. É um hino pentecostal, e como qualquer hino desse, tem a bateria bem marcada, a sanfona, os metais ganhando destaque nessa faixa. Uma letra voltada para esse público, mostra a mulher de Deus pronta a toda hora para guerrear e pelejar pelo Senhor. E Vanilda sabe bem compor música com esse tema e estrutura. E tem uma variação no fim da faixa, pensada para integrar o solo com a igreja, com a palavra "Glória". "Nós somos o exército de Deus nessa nação!"
A 6ª faixa traz por título "Maior que Tudo" (Adriano Barreto Denner de Souza) traz um recado para os orgulhosos e soberbos que se sentem auto-suficientes. Alguns poderiam dizer que essa é uma daquelas faixas para preencher repertório. Não gosto de pensar dessa maneira, até porque todos os álbuns, independente de tudo, é um plano de Deus, e nada e nenhuma canção vai pra ele por pura coincidência, e ainda mais, vindo da pastora Célia. É uma canção bem simples, com uma estrutura de duas partes apenas, estrofe e refrão.
A 7ª faixa, é "Fim de Jericó" (Eduardo Schenatto), é tem tudo pra ser um dos destaques do álbum. O back vocal tem um papel importantíssimo nessa faixa, porque juntamente com as trompas, remete a ideia de Jericó e suas muralhas indo ao chão. O ostinato provocado frequentemente pela bateria, reforça essa ideia. É uma bela canção, que traz a mensagem da conquista de Jericó e faz um paralelo com a vida do cristão, declarando a vitória sobre as tribulações.
A 8ª faixa, "Simplesmente" (Adriano Barreto e Denner de Souza), é uma canção que fala claramente sobre o cristão e a providência divina. É impossível ouvir essa música e não relembrar a história da viúva e seus filhos. É uma canção de duas estrofes, porém, impactante e emocionante. Traz uma fé inimaginável para aqueles que passa uma prova de questão financeira. Afirma o tempo todo que as mãos do Altíssimo estará sobre seus filhos. Musicalmente, é simples, mas por outro lado, é muito bonita. E o aumento do tom no fim da faixa, dá a idéia de expectativa e causa a quem ouve grande fé!
A 9ª faixa, "Evidências" (Tony Ricardo), é uma música bastante complexa e cheia de informações e que merecem uma análise mais de perto. Primeiramente, pelo próprio estilo do compositor, é notável ver nuances da cantora Cassiane nessa canção, que fala sobre o arrebatamento. Assim como na 4ª faixa, a música é em 4/4, porém nessa, ela começa mesmo em rotatividade de 4 tempos no início e nos traz a ideia de que a música seja mais rápida. Da segunda parte dela, ela cai para a sensação de 2/4 e fica mais lenta. Essa parte é uma espécie de primeiro refrão. E vem o segundo refrão, volta à idéia de 4/4, mais rápida. Acontece ao chamamos de variação do compasso da música, que altera seu caráter ritmico em geral. E no fim, ela tem um ralletando, que é uma espécie de redução do tempo da música. É uma belíssima canção.
A 10ª faixa, "Insubstituível" (Dil (Os Nazireus)), é uma das três faixas mais longas do álbum. O back vocal já traz no início a ideia que percorrerá a faixa. A canção ressalta o poder de Deus, digno de adoração e louvor. A variação nessa se dá através da harmonia, que chamamos de encadeamento de acordes. É uma canção bem bonita, que merece ser ouvida e apreciada.
A 11ª faixa, composta por Edson Coelho, tem uma pegada mais country. "Brasa viva" (Edson Coelho)é uma das canções que mais gostei do álbum. Explicarei. Tenho um apreço muito grande por canções antigas, e ao ouvi-la jamais poderia pensar que seria uma releitura da canção de Edson e Telma. É uma belíssima canção. E é bastante conhecida pelos mais velhos. A presença da guitarra é fundamental nesta canção, porque é ela que traz a temática configurada em si. O back vocal não muito agressivo, perfeito para a música. E o aumento de tom sempre funciona como maneira de trazer aos ouvintes para cantar junto.
A 12ª faixa, "Batalha de Jeová" (Samuel Mariano) é uma canção que, sem dúvida, será sucesso por todo o Brasil, se, de fato, já não é. A música já foi gravada por Eliã de Oliveira, e juntamente com Gideão e os trezentos, eram as canções de destaque da cantora. Os próprios amigos de Célia, Jackson e Talita, em seu álbum "Solte a tua voz" também gravaram essa canção. Porém, essa canção no disco de Célia Sakamoto, possui um toque todo especial de Melk Carvalhedo na canção, que já era boa! E sem contar com a unção pessoal da cantora sobre as declamações. É de arrepiar. A canção diz que o povo de Deus deve apenas louvar e adorar a Deus, que a peleja é do nosso Deus e a vitória é garantida. Na versão de Eliã, a última parte é convidativa para sentir o ritmo contagiante, na versão de Jackson e Talita, eles alteram essa última parte, que Célia traz de novo, assim como em Eliã, e pessoalmente bastante pentecostal e porque traz uma variação inexistente em Eliã. É, pra mim, a melhor faixa do álbum.
E por fim, a 13ª faixa, "Meu diário" (Breno Ávila e D'Carlo) é uma canção bastante pessoal. E traz a nuance da cantora em uma região mais aguda da sua voz. Conta sobre o relacionamento do homem e Deus, de uma forma bem reflexiva. E tem a participação da Laura Sakamoto ( o que me surpreendeu, lindo timbre , lindo!) que falam sobre a morte de Cristo por nós e seu sacrifício pra hoje pudéssemos o louvar. A presença do sax soprano traz um toque de elegância ímpar à canção. E fecha o disco, com muita maestria e felicidade.
Deu pra perceber que nenhum dos discos de Célia Sakamoto são desiguais. Você encontra canções que emocionam em todos eles. Gosto de Célia, porque ela pensa num repertório bem equilibrado. Você consegue ouvir todo o álbum sem se cansar, porque ele varia não só na temática, mas na mensagem passada. É incrível perceber esse equilíbrio e essa harmonia entre as canções, o que nos dá uma sensação de "quero mais". E podemos ver que nenhuma canção, nenhum arranjo, nada foi escolhido por acaso. E nítido vermos que deus tem abençoado poderosamente o ministério da pastora Célia, e vai continuar abençoando agora também como prefeita de Itaí-SP.
É isso, espero que tenham gostado e nos vemos brevemente com uma nova análise. Paz e graça queridos.
Vitrine Gospel
Por: Max Michel